quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apego à preguiça

Estava eu falando sobre me desapegar do twitter por um dia, e lembrei que me desapeguei do blog sem nem perceber. Sinto necessidade de escrever em meio a alguns momentos peculiares, mas os textos estão se formando na minha mente, e ficando por lá. A rotina consegue sugar a ponto de, no final do dia, dar preguiça olhar pro notebook fechado. Agora, por exemplo, depois de praticamente doze horas sem parar quieta, teclar é esforço demais, na verdade até mesmo manter os olhos abertos é. Pode até parecer chatisse, mas isso não é reclamação, não, nem mesmo uma explicação, mas é o que estou conseguindo raciocinar. Só quero me apegar ao restinho de chá de camomila que ainda resta na xícara, e me embalar no apego ao descanso.

Por hoje, com certeza, sem mais.

domingo, 4 de outubro de 2009

De canto, o mais belo encanto

Ela parece adolescente. E são poucas as vezes que parecer adolescente lhe faz um bem maior que parecer adulta. Lutar para que aquele sorriso não a faça perder o controle sobre a quantidade de palavras ditas por segundo é em vão. Ele é misteriosamente encantador. Quando chega, de canto, sem avisar, ela perde toda a maturidade outrora elogiada. Tem certeza de que age como uma boba, mas não importa. Ela continua esperando ansiosamente pelo próximo momento em que possa se deixar levar por essa bobagem, que mais parece ser tecido para as nuvens.

Por hoje e sempre, ela quer mais.

sábado, 3 de outubro de 2009

Penso, logo existo?

As pessoas estão chegando a um nível de individualidade preocupante. Pode ser que essa tal individualidade seja guiada pelo desejo de agradar outro alguém, mas quem disse que envolver duas pessoas não sugere individualidade? Ninguém precisa se importar muito com muitas pessoas, mas o bom senso é algo que deveria ser preservado. Afinal, as grandes tragédias mundiais surgem da individualidade, não só de pessoas, como de sociedades. Onde será que começaram esses tornados que atingem o sul do Brasil praticamente todas as semanas? De que tipo de cabeça vem a ideia de provocar uma guerra por causa de petróleo, poder? Não, você não precisa pensar que o fato de jogar um papel de bala no chão pode agredir o meio-ambiente a ponto de causar uma tsunami na Indonésia. Os pequenos bons sensos, mesmo sendo clichês, continuam válidos. A opinião de quem está ao lado importa, sim, independentemente do seu nível de teimosia. Fazer tudo ao contrário, pra otimizar o próprio umbigo, é contagiante. Os indivíduos são tão indivíduos, que mal conseguem viver na própria sociedade que existe em sua casa.

Desabafo pelo que vivi hoje e que, com certeza, foi um retrato do que existe até o mais alto escalão. Individualismo é uma doença crônica, que acaba com as relações aos poucos. Posso estar falando isso pra mim mesma, mas dá certo agradar a si, sem prejudicar os outros.

Por hoje, sem mais.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deixa rolar

Aqui está. Por livre e espontânea pressão, aqui está. Não faço a mínima ideia o que este blog vai se tornar, na verdade, não sei bem se vai se tornar alguma coisa. Mas sabe como é, a minha consciência começou a falar mais alto assim que assisti a uma mesa redonda, em que um dos convidados ficou indignado ao ver o número pífio de estudantes de jornalismo que estavam ali e tinham blog. A indignação dele ficou matutando na minha cabeça, até o momento que resolvi ligar para minha mãe, e escutei: "Tu és boa em tudo que faz, se joga de cabeça". Tá, as hipérboles presentes nas afirmações de mãe podem não ser verdade, mas fazem muito bem pro ego. No meu caso, foi o que faltava para minha iniciativa.

Sempre gostei de expressar o que penso, o que sinto, mostrar o que me chama atenção, mesmo que isso não chame atenção de mais ninguém. Posso ter deixado várias vezes de falar essas tais impressões pela timidez, mas nunca deixei de escrever. O jornalismo, apesar de ser minha profissão por paixão, raramente me dá essa liberdade. Assim, a minha "escolha pressionada" de fazer um blog foi, em parte, guiada pelo desejo de deixar as técnicas de lado. O primeiro passo foi dado, mas ainda não consigo responder pelos outros. Não sei se vou conseguir algum leitor, além da minha mãe, que com certeza vai ler, mas cumpri minha parte e meu desejo de escrever.

Por hoje, sem mais.